Com duelo contra Nigéria no mesmo horário da primeira partida decisiva da Libertadores, contra o Boca, jogadores têm noite de nervosismo em quadra
O público era pequeno, e os espaços vazios nas arquibancadas do ginásio Milton Olaio Filho denunciavam que a seleção brasileira de basquete tinha um rival ainda maior que a Nigéria na noite de quarta-feira. Em quadra, uma vitória tranquila contra os africanos. Mas, mesmo na equipe de Rubén Magnano, alguns jogadores estavam com a cabeça a milhares de quilômetros de distância. Na verdade, em outro país. Ao mesmo tempo em que o Brasil enfrentava os nigerianos em São Carlos, o Corinthians disputava sua primeira final de Libertadores na Bombonera, estadio do Boca Juniors. Para os torcedores do Timão da seleção, o jeito foi lidar com o nervosismo sem perder o foco.
Leandrinho comemora o empate do Corinthians com a filha
No total, são seis jogadores no grupo que torcem para o Corinthians. Leandrinho, Marcelinho Huertas, Nezinho, Tiago Splitter, Alex e até mesmo Larry Taylor, americano naturalizado brasileiro, viveram momentos de tensão na noite de quarta. Como a partida em Buenos Aires, que terminou em um empate em 1 a 1, começou às 22h, o Brasil já estava em quadra para enfrentar a Nigéria. Ainda assim, os corintianos deram um jeito de acompanhar a final da Libertadores.
Poupado da partida, Tiago Splitter passou todo o confronto contra os nigerianos no banco, com seu celular à mão. Era o pivô do San Antonio Spurs quem servia de informante para os corintianos que estavam em quadra, como Alex.
- Eu estava preocupado. Toda hora que passava no banco, perguntava quanto estava o jogo. Como bom corintiano, tive de dar um jeito de saber como estava o placar - afirmou após a vitória brasileira, ainda com o placar em 0 a 0.
Mas, enquanto Alex atendia à imprensa, o Boca Juniors abria o placar em Buenos Aires. Após a vitória contra a Nigéria, alguns dos jogadores passaram a acompanhar a partida em uma TV da sala de imprensa do ginásio Milton Olaio Filho. Assim que o time argentino marcou seu gol, com Diego Rivero, Rubén Magnano voltou à quadra para as entrevistas. Torcedor do Belgramo, de Córdoba, o treinador brincou com os jornalistas sobre o gol do rival sobre o Timão.
Logo depois, porém, o Corinthians empatou, com Romarinho. Encostado na sala de imprensa com a filha nos ombros, Leandrinho comemorou. Gritou com Huertas, que acompanhava com uma TV portátil, em quadra, e festejou.
- É 1 a 1, pode comemorar, filha! É gol, Huertas!
Com o empate garantido, os corintianos da seleção brasileira, enfim, deixaram o ginásio em São Carlos. Todos com a certeza de que o primeiro título da Libertadores está mais próximo.
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